Testigo.
A Internet, o mundo virtual só é possível porque tudo o que a
humanidade produz, seja tecnologia, seja
cultura é verdadeiramente virtual.
Virtual porque artificial.
Virtual porque só tem sentido e significado para a própria
humanidade.
Por isso tudo o que o ser humano cria de tecnologia e cultura
pode ser transformado e transmitido em códigos binários, virtualmente.
Em verdade para a Natureza e o Universo eles nada significam.
A Natureza e o Universo existem objetivamente, para além da
virtualidade humana.
“Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça!”
Toda nossa cultura e tecnologia são um nada diante dos processos
da Natureza e da pulsação do Universo.
A Humanidade produz cultura e tecnologia acreditando ser o mundo
material a Verdade e tenta assim dominá-lo, mas termina entorpecida pela
própria materialidade.
“A Verdade está lá fora.”
Além da virtualidade humana, além da nossa artificialidade.
Para compreender a Verdade temos que nos voltar para dentro de
nós mesmos, pois:
“o que está encima é como o que está embaixo”.
Os processos da Natureza e a pulsação do Universo realizam-se em
nós a todo instante e independem de toda cultura e tecnologia.
Para a Natureza e o Universo toda virtualidade humana é apenas
um momento, brincadeira de criança, ou loucura mesmo.
O momento Humano passa e a Natureza e o Universo continuam.”
“Quem tiver olhos para ver, que veja.”
Logo sairei de todas as redes sociais.
A Internet será apenas para pesquisar sobre a própria
virtualidade, mas não confundo mais esta artificialidade com a Verdade.
“A Verdade está lá fora.”
Pois tudo que a humanidade produz e já produziu, de tecnologia e
cultura, só diz respeito à ela própria.
Embebidos nesta virtualidade nos afastamos cada vez mais dos
processos naturais e do ritmo do Universo, ou de nós mesmos.
E assim esta virtualidade humana, a artificialidade, embora
produza coisas belas e grandiosas – claro, segundo os próprios conceitos
humanos, histórica e socialmente determinados – no final nos sufoca e vai nos
matando aos poucos.
“Quem possuir entendimento, que compreenda.”